Arquitetura baseada em componentes com camadas
Uma Arquitetura de Componentes é uma arquitetura baseada em componentes substituíveis, conforme descrito em Conceito: Componente. Como as Arquiteturas de Componentes baseiam-se em componentes
independentes, substituíveis e modulares, elas ajudam a gerenciar a complexidade e encorajam a reutilização.
Os casos de uso orientam o RUP (Rational Unified Process) de ponta a ponta durante todo o ciclo de vida, mas as
atividades de design são centralizadas na noção dearquitetura de sistema e, em sistemas de software intensivo, na arquitetura de
software. O foco principal das iterações iniciais do processo, principalmente na fase de elaboração, é produzir e
validar uma arquitetura de software, que no ciclo de desenvolvimento inicial tem a forma
de um protótipo arquitetural executável que evolui gradualmente até tornar-se o sistema final em iterações posteriores.
Arquitetura executável significa uma implementação parcial do sistema criada para demonstrar funções e propriedades
selecionadas do sistema, em particular aquelas que satisfazem requisitos não funcionais. A finalidade da arquitetura
executável é diminuir os riscos relacionados a desempenho, rendimento, capacidade, confiabilidade e outras
"habilidades", a fim de que a capacidade funcional completa do sistema possa ser incluída na fase de construção, em uma fundação sólida, sem medo de quebra.
Para obter uma introdução à noção de arquitetura, mais especificamente a arquitetura de software e uma explicação da
razão pela qual essa noção é crucial, consulte Conceito:
Arquitetura de Software.
O RUP fornece uma maneira metódica e sistemática de projetar, desenvolver e validar uma arquitetura. Oferecemos
gabaritos para descrição da arquitetura, com os conceitos de várias visões arquiteturais, e para a captura de estilo de
arquitetura, regras de design e restrições. A disciplina de Análise e Design contém atividades específicas que visam identificar
restrições arquiteturais e elementos arquiteturalmente significativos, bem como orientações específicas sobre como
fazer escolhas arquiteturais. O processo de gerenciamento mostra como o planejamento das iterações iniciais considera o
design de uma arquitetura e a resolução dos principais riscos técnicos. Consulte a disciplina de Gerenciamento de Projeto e todas as atividades associadas à Função: Arquiteto de Software para obter informações adicionais.
A arquitetura é importante por vários motivos:
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Ela permite obter e manter controle intelectual do projeto, gerenciar sua complexidade e manter a integridade do
sistema.
Um sistema complexo é mais que a soma de suas partes; mais que uma sucessão de pequenas decisões táticas
independentes. Ele precisa ter alguma estrutura unificada e coerente, para organizar essas partes de modo
sistemático e deve fornecer regras precisas sobre como fazer o sistema se desenvolver, sem que sua complexidade
"exploda" além da compreensão humana.
A arquitetura determina os meios para se obter melhor comunicação e entendimento em todo o projeto, estabelecendo
um conjunto de referências e um vocabulário comuns, com os quais se discutem questões de design.
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É uma base efetiva para reutilização em larga escala.
Articulando claramente os principais componentes e as interfaces críticas entre eles, uma arquitetura permite
raciocinar sobre a reutilização, tanto interna, que é a identificação de partes comuns, como externa, que é a
incorporação de componentes off-the-shelf. No entanto, ela também permite a reutilização em uma escala maior: a
reutilização da própria arquitetura no contexto de uma linha de produtos que trata de funcionalidades diferentes em
um domínio comum.
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Ela fornece uma base para gerenciamento de projeto.
Planejamento e formação de equipe estão organizados de acordo com os principais componentes. Decisões estruturais
fundamentais são tomadas por uma equipe pequena e coesa de arquitetura. Elas não são distribuídas. O
desenvolvimento é dividido entre um conjunto de equipes pequenas, cada uma sendo responsável por uma ou várias
partes do sistema.
O desenvolvimento baseado em componentes é uma variação do desenvolvimento geral de aplicativos em que:
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O aplicativo é construído a partir de componentes executáveis distintos, que são desenvolvidos de
modo relativo e independente um do outro, possivelmente por equipes diferentes. Eles são chamados no RUP de
"componentes de montagem". Consulte Conceito:
Componente, para obter informações mais detalhadas.
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É possível fazer upgrade do aplicativo em incrementos menores, fazendo upgrade apenas de alguns
componentes que constituem o aplicativo.
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Os componentes podem ser compartilhados entre os aplicativos, criando oportunidades para reutilização,
mas também criando dependências entre projetos.
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Apesar de não haver uma relação estrita com o fato de serem baseados em componentes, os aplicativos baseados em
componentes tendem a ser distribuídos.
Os componentes de montagem resultam do seguinte:
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Ao definir uma arquitetura muito modular, você identifica, isola, projeta, desenvolve e testa componentes bem
formados. Esses componentes podem ser testados individualmente e gradualmente integrados para formar o sistema
inteiro.
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Além disso, alguns desses componentes podem ser desenvolvidos para serem reutilizáveis, especialmente os
componentes que fornecem soluções comuns para uma ampla variedade de problemas comuns. Esses componentes
reutilizáveis, que podem ser maiores que apenas conjuntos de utilitários ou de bibliotecas de classes, formam a
base de reutilização dentro de uma organização, aumentando a produtividade e a qualidade geral do software.
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Mais recentemente, o advento de infra-estruturas de componentes comercialmente bem-sucedidas, como CORBA, Internet,
ActiveX, JavaBeans, .NET e J2EE, alavancou todo um segmento de mercado de componentes off-the-shelf em vários
domínios, permitindo comprar e integrar componentes em vez de desenvolvê-los internamente.
O primeiro ponto na lista precedente explora os conceitos antigos de modularidade e de encapsulamento, tornando ainda
mais importantes os conceitos subjacentes à tecnologia orientada a objetos. Os dois últimos pontos na lista deslocam o
desenvolvimento de software da programação, uma linha por vez, para compor o software por meio da montagem de
componentes.
O RUP suporta o
desenvolvimento com base em componentes destas maneiras:
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A abordagem iterativa permite identificar componentes progressivamente e decidir quais desenvolver, quais
reutilizar e quais comprar.
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O foco na arquitetura de software permite articular a estrutura, os componentes e os modos de integração, que
incluem os mecanismos e padrões fundamentais por meio dos quais eles interagem. Isso, por sua vez, suporta os
aspectos de planejamento do gerenciamento de projeto, em que as dependências de componentes podem ajudar a
determinar quais componentes podem ser desenvolvidos simultaneamente e quais seqüencialmente.
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Os conceitos, como pacotes, subsistemas e camadas, são utilizados durante a Análise & Design para organizar
componentes e para especificar interfaces.
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Os testes são primeiramente organizados em componentes e, em seguida, em conjuntos maiores de componentes
integrados.
Para obter informações adicionais sobre componentes, consulte Conceito:
Componente.
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