Uma carta de recomendação (CR) é uma declaração feita por um(a) recomendante, destinada a um(a) colega ou correspondente no papel de avaliador(a), tipicamente no contexto de um processo de seleção, contendo um relato da experiência prévia de trabalho e convívio do(a) recomendante com o(a) candidato(a) recomendado(a), e uma apreciação pessoal da aptidão e capacidades deste(a) com respeito à atividade ou posição a que se destina a carta.
Sendo os processos de seleção para atividades acadêmicas bastante complexos, as CR cumprem o importante papel de complementar as medidas objetivas de rendimento com uma avaliação subjetiva mais abrangente e em primeira mão da adequação do perfil do(a) candidato(a) à posição pretendida, com base em experiências anteriores.
As CR são adotadas no meio acadêmico sob o pressuposto da honra e da honestidade intelectual, com fundamento no princípio da avaliação por pares. Ao fornecer uma CR em favor de um(a) candidato(a), o(a) recomendante empenha, de certa forma, o seu nome, pelo que o(a) recomendado(a) assume o compromisso de honrar a confiança nele(a) depositada e zelar pela boa reputação do(a) recomendante.
Uma CR não é um formulário pro forma, nem um "cheque em branco" nem uma declaração de amizade ou simpatia. Desta forma, uma CR deve, antes de tudo, ter um propósito ou finalidade específica. Em consequência, a carta deve ser solicitada a alguém que esteja em condições de avaliar o candidato quanto à possibilidade de levar a bom termo a atividade pretendida.
Uma CR para deve ser idealmente solicitada a alguém com quem (1) o(a) candidato(a) já tenha desenvolvido previamente alguma atividade de natureza idêntica ou similar a da candidatura e (2) cuja opinião seja suscetível de importar aos avaliadores finais.
Deve-se dar preferência a pedir uma CR a alguém com quem se tenha tido uma experiência pessoal compatível com a recomendação solicitada. Por exemplo, se um(a) aluno(a) fez uma disciplina junto com outras dezenas de colegas, o(a) professor(a) poderá talvez recomendá-lo para um curso de verão, dependendo do seu desempenho. Entretanto, podem faltar-lhe elementos para recomendá-lo(a) para uma vaga de emprego ou bolsa de pesquisa baseado apenas nessa experiência.
Finalmente, se alguém considera que não tem claramente a quem pedir uma carta de recomendação, será possivelmente por não ser mesmo (ainda) recomendável para aquela atividade específica, independente das suas qualidades. Nesse caso, não fica muito bem pedir uma carta a alguém simplesmente porque "não tinha mais a quem pedir".
Venha conversar comigo pessoalmente. Na pior hipótese, eu vou explicar porque considero que não sou a pessoa ideal para dar sua CR.
Absolutamente.
Fico feliz em recomendar bons candidatos(as)/alunos(as). Faz parte do trabalho e do código acadêmico recomendar e considerar honestamente recomendações de pares.
Envie-me o pedido com a maior antececência possível, pelo menos alguns dias.