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Gerência de Configuração
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Gerência de Configuração


 
Durante o ciclo de vida do desenvolvimento, o software passa por uma série de modificações, desde sua concepção à implantação.

 Durante seu ciclo de vida, o software passa por uma série de modificações, desde sua concepção à implantação. 

Sob este aspecto, a Gerência de Configuração de Software (CGS) vem a definir critérios que permitam realizar tais modificações mantendo-se a consistência e a integridade do software com as especificações. 

Ela permite minimizar os problemas decorrentes ao processo de desenvolvimento, através de um controle sistemático sobre as modificações. Não é objetivo da GCS evitar modificações, mas permitir que elas ocorram sempre que possível, sem que hajam falhas inerentes ao processo.  

Em geral a GCS é aplicada apenas quando existe um processo de desenvolvimento bem definido, com atividades agrupadas em fases, constituídas por objetivos bem definidos e documentados. Neste contexto, GCS atua como um suporte sobre o qual as fases do desenvolvimento são conduzidas e os produtos controlados. 

Aplicar um plano de gerência de configuração consiste em estabelecer normas, ferramentas e templates que permitam gerenciar de maneira satisfatória os itens de configuração de um sistema. 

Entende-se como item de configuração “Cada um dos elementos de informação que são criados durante o desenvolvimento de um produto de software, ou que para este desenvolvimento sejam necessários, que são identificados de maneira única e cuja evolução é passível de rastreamento” (Pressman em [PRE 92]). 

Nesta definição, tanto os documentos como os arquivos-fonte que compõem um produto de software são Itens de Configuração (IC), assim como também o são as ferramentas de software necessárias para o desenvolvimento. 

Se o item de configuração for composto exclusivamente de software, ele é então caracterizado como Item de Configuração de Software (ICSW). 

Qualquer IC constitui uma unidade funcional que possui um ciclo de desenvolvimento e acompanhamento de GCS próprios. Qualquer sistema em desenvolvimento deve ser  particionado em itens de configuração, e o seu desenvolvimento é visto como o desenvolvimento de cada um dos ICs. Cada IC, por sua vez pode ser particionado em outro conjunto de ICs e assim sucessivamente, até que se resulte um conjunto de ICs não particionáveis, que são desenvolvidos segundo um ciclo de vida propriamente definido. 

A configuração de um sistema de software passa a ser definida pela configuração do conjunto dos ICSW que o constitui. 

É importante salientar que a divisão de um sistema ou produto de software em ICs,  bem como a definição do ciclo de vida de cada IC, são decisões de projeto e não de GCS.

 Em cada fase do processo de desenvolvimento, um conjunto bem definido de itens de configuração deve ser estabelecido. Tal conjunto representa um estágio do desenvolvimento, o qual é passível de modificações apenas mediante um mecanismo formal de alterações. A este conjunto é dado o nome de Baselines, ou Configurações Base do sistema.  

Em princípio, baselines poderiam ser estabelecidas em qualquer ponto do desenvolvimento. Entretanto, a grande vantagem do conceito está em se fazer coincidir o estabelecimento de baselines com os finais de fase do ciclo de vida do produto.

O desenvolvimento com configurações base pode, então, ser resumido nos seguintes pontos:

  • Caracterização do ciclo de vida, identificando-se as fases pelas quais o desenvolvimento do software irá passar e, dentro delas, as atividades a serem realizadas e os produtos a serem desenvolvidos.
  • Definição do conjunto de baselines. Para cada baseline planejada, deve-se estabelecer quais serão os ICs que a irão compor e quais as condições impostas para seu estabelecimento;
  • Baselines representam marcos no processo de desenvolvimento: uma nova baseline é estabelecida no final de cada fase do ciclo de vida do software;
  • Durante cada fase, o desenvolvimento dos ICs a ela referentes está sob total controle de seus desenvolvedores, e realiza-se com ampla liberdade, podendo os ICs serem criados e modificados com bastante facilidade;
  • Durante cada fase, entretanto, a modificação de uma configuração-base anteriormente estabelecida somente pode ser feita de forma controlada, mediante um processo bem definido;
  • Ao ser estabelecida, cada baseline incorpora integralmente a anterior. Desta forma, em qualquer instante do desenvolvimento, a última baseline estabelecida representa o estado atual do desenvolvimento como um todo;
  • O estabelecimento de cada baseline somente é realizado após ser aprovada por procedimentos de consistência interna, verificação e validação;

Desta forma é possível ter um controle sistemático sobre todos os itens de configuração abordados em cada fase do ciclo de vida do software, assim como é possível avaliar mais facilmente o seu grau de evolução.



Gerência de Configuração® - Atualizado em 05/09/2004

 
 
 
     
 

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