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Normas e Padrões



Os trabalhos de normalização trouxeram grandes contribuições para a conceituação da área de GCS. Vamos apresentar resumidamente algumas normas, atualmente em uso, apresentadas pelas organizações internacionais mais importantes nesta área, e que são:

· IEEE (The Institute of Electrical and Electronics Engineers);

· ISO/IEC (International Organization for Standardization / International Electrotechnical
Commission);

· SEI-CMU (The Software Engineering Institute – Carnegie Mellon University).

 


>>IEEE

As normas IEEE relativas a GCS enfocam especificamente a questão dos planos de gerência de configuração. São duas as normas estabelecidas:

· IEEE Std 828-1998, Standard for Software Configuration Management Plans;
· IEEE Std 1042-1986, Guide for Software Configuration Management.

A primeira define uma estrutura básica, isto é, um “esqueleto”, para o plano de GCS, estabelecendo os itens que devem ser abordados e uma sucinta explicação para cada um deles.
A segunda norma é um guia de apoio para a aplicação da norma de plano, fazendo comentários adicionais ao seu preenchimento. Contém exemplos de planos abordando 4 tipos diferentes de projetos de desenvolvimento.

 

>>ISO/IEC

As normas ISO/IEC têm como enfoque o estabelecimento de conceitos visando definir uma base comum de conhecimento sobre o assunto. As normas que formalizam GCS são as seguintes:
· ISO 10007, Quality Management – Guidelines for Configuration Management;
· ISO/IEC 12207, Information Technology – Software Life Cycle Process;
· ISO/IEC TR 15846, Information Technology–Configuration Management for Software.
A ISO 10007 é um guia geral para gerência de configuração, enfocando produtos de engenharia, não sendo específica para software. Procura cobrir todo o ciclo de
desenvolvimento de um produto e foi concebida como forma de atender os requisitos de GCS estabelecidos na família de normas ISO 9000.

A ISO/IEC 12207 define um estrutura básica (framework) para processos do ciclo de vida de software. É uma norma bastante sucinta dedicando uma página para cada processo, e seu objetivo maior é estabelecer uma base para o entendimento comum sobre software e sua evolução. Apesar de resumida, a norma é bastante abrangente, cobrindo processos, atividades e tarefas para adquirir, fornecer, desenvolver, operar e manter o software.
A estrutura básica de processos definidos pela norma categoriza os processos de ciclo de vida de software em três classes:
Processos Fundamentais:
· Aquisição;
· Fornecimento;
· Desenvolvimento;
· Operação;
· Manutenção.
Processos de Apoio:
· Documentação;
· Gerência de Configuração;
· Garantia da Qualidade;
· Verificação;
· Validação;
· Revisão Conjunta;
· Auditoria;
· Resolução de Problema.
Processos Organizacionais:
· Gerência;
· Melhoria;
· Infra-estrutura;
· Treinamento.

A ISO/IEC TR 15846 é um relatório técnico que detalha o processo de GCS definido pela ISO/IEC 12207. Este documento não possui o caráter de norma e, também, não define como GCS deve ser realizada, isto é, estabelece um conjunto de requisitos (o quê) para a realização de GCS.
Segundo a normas ISO/IEC 12207 e ISO/IEC TR 15846, o processo de GCS é caracterizado pelas seguintes atividades:

· Implementação do Processo;
· Identificação da Configuração;
· Controle da Configuração;
· Relato da Situação da Configuração;
· Avaliação da Configuração;
· Gerência de Liberação e Distribuição.

 

>>SEI-CMU

O Software Engineering Institute (SEI) apesar de não ser uma organização de normalização, definiu um modelo de processos de software, o Capability Maturity Model (CMM), que vem sendo largamente adotado para avaliação de empresas desenvolvedoras de software, de forma que o modelo acabou por se estabelecer como um padrão “de fato”. Este modelo é definido em [CMM 93].
O modelo foi elaborado para avaliar o estado de maturidade de uma organização
desenvolvedora de software em termos das práticas adotadas e para oferecer um caminho geral para a melhoria do processo de software sem, todavia, estabelecer exatamente como efetuar a melhoria.
O modelo estabelece cinco níveis de maturidade. Cada nível especifica um conjunto de processos que devem ser estabelecidos para se atingir a maturidade correspondente ao nível.
Adicionalmente, cada nível serve de base para o estabelecimento dos processos do nível seguinte.
Novamente, o enfoque de abordagem de cada processo assim definido é em o quê deve ser realizado e não como.

Gerência de Configuração® - Atualizado em 05/09/2004




 
 
 
     
 

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