Estruturas Adultas
Até agora vimos estruturas em desenvolvimento contínuo. Mas sabemos que, na realidade, muitas estruturas multicelulares atingem uma maturação e param de crescer, ou seja, atingem a idade adulta. E mesmo estruturas con desenvolvimento contínuo, como as plantas, tem em si vários órgãos que atingem uma maturação e também cessam seu desenvolvimento.
O que acontece, na realidade, é que a estrutura, quando atinge a fase adulta, pára realmente de crescer, mas o processo de desenvolvimento não cessa. Pelo contrário, o estado global da estrutura permanece o mesmo, mas todas as suas partes estão em ação, se regenerando. Um exemplo muito claro disso é o ser humano, que atinge o fim da adolescência e cessa de crescer, mas todos os dias perde bilhões de células epiteliais, produzindo outros bilhões para reposição.
Podemos então dizer que uma estrutura adulta é aquela que gera apenas si mesma, mas ela pode ser composta por elementos que realmente só gerem si mesmos ou por elementos que são descartados e morrem e logo são repostos por outros iguais.
Vamos exemplificar o primeiro caso com o sistema de desenvolvimento de uma folha (bastante simplificado):
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Há, porém, uma novidade na tabela de transições: podemos perceber que o símbolo b tem duas possíveis escolhas de transição. Se estas escolhas fossem feitas aleatoriamente, chamaríamos este sistema de não-determinístico, ou seja, não poderíamos prever o string resultado dele, mas apenas o conjunto de todos os strings que poderiam ser construídos a partir destas regras. Mas este não é o caso; como veremos, uma das possibilidades de transição do b só é chamada quando queremos interromper o crescimento, só sendo usada então quando recebido um sinal do organismo de que a folha atingiu o tamanho ideal. Mas abstrairemos esse detalhe no exemplo, até porque é uma característica de cada organismo esse critério de parada, e daremos nós mesmos o sinal para interromper o crescimento da folha. Veremos agora as etapas de seu desenvolvimento:
Transições | String | Ilustração |
Estado inicial | ![]() |
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Usando a transição de a | ![]() |
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Usando a primeira transição de b | ![]() |
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Idem | ![]() |
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Idem | ![]() |
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Idem | ![]() |
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Usando finalmente a segunda transicão de b para parar o processo de crescimento; a partir de agora, como podemos observar pela tabela de transições, os elementos vão ser substituídos apenas por eles próprios, tornando a estrutura constante daí por diante. | ![]() |
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