Introdução
Um processo de negócios é um grupo de
atividades logicamente relacionadas (e normalmente seqüenciadas) que utilizam os recursos da organização a fim de
fornecer resultados definidos em apoio aos objetivos da organização -- fornecendo valor na forma de produto ou serviço,
geralmente para uma parte externa, como um cliente ou um parceiro. O processo, possivelmente decomposto em
subprocessos, tem associado organização, recurso e modelos de dados para capturar todos os aspectos do processo,
incluindo não apenas a execução de funções, mas recursos utilizados/requeridos, propriedade de recursos,
responsabilidade, definições de itens transmitidos para dentro e para fora das tarefas e assim por diante.
Essa é uma visualização bastante concreta do processo e, portanto, adotamos a visualização de que os processos de
negócios são realizações dos casos de uso de negócios do sistema de negócio limitante. Portanto, é
possível aplicar a mesma taxonomia a eles que aquela dos casos de uso de negócios (consulte Orientação: Modelo de Caso de Uso de Negócios), que é:
-
Núcleo, para os processos de negócios voltados para o exterior que fornecem a cadeia de
valores
-
Gerenciamento, para os casos de uso de negócios internos que coordenam a cadeia de valores
-
Suporte, para os casos de uso de negócios internos que suportam a cadeia de valores
Também permitimos que os processos sejam orientados a eventos, isto é, eles são acionados por condições (resultando no
Artefato: Evento de Negócio) que surge na condução do negócio.
Nível do Processo
No Conceito: Modelando Grandes Organizações (citação entre aspas abaixo),
descrevemos uma técnica para a acomodação das necessidades do gerenciamento executivo, bem como proprietários do
processo de negócios, definindo casos de uso de negócios em dois níveis de detalhes:
"Um modelo, para os executivos, conteria um conjunto de casos de uso de negócios de alto nível que mostrasse a intenção
e a finalidade da organização. O outro modelo, para os proprietários do negócio, conteria um conjunto de casos de uso
detalhados que ajudasse a esclarecer como a organização precisa funcionar internamente. Para cada caso de uso de
negócios de alto nível, você poderia definir um ou vários casos de uso de negócios detalhados que representassem as
mesmas atividades na organização..."
A figura a seguir ilustra esse refinamento de casos de uso.
Note que casos de uso de nível inferior mais detalhados ainda são casos de uso para o mesmo sistema de negócio
que os casos de uso de alto nível, isto é, ainda representam uma visualização de caixa preta do comportamento desse
sistema de negócio. Para cada um desses níveis de caso de uso, há uma realização correspondentes, que podemos descrever
como um processo de negócios; portanto é possível considerar esse tipo de análise como decomposição de
processo.
A decomposição de processos analisa processos e subprocessos de negócios a um nível de detalhes no qual é plausível e
útil construir um diagrama de atividades para o subprocesso. A entrada para a decomposição do processo
pode vir de modelos de processo de negócios de Nível 1, talvez gravados apenas como
narrativas e associados aos casos de uso de negócios de Nível 1 correspondentes pela realização de
relacionamentos. Um processo de nível 1 é a descrição de alto nível do que um sistema de negócio faz,
atendendo às necessidades do gerenciamento executivo, conforme descrito acima.
A decomposição de processos resulta em um conjunto de processos documentados do Nível 2
capturados no Modelo de Análise de Negócio como Realizações de Caso de Uso de Negócios -- no Nível 2,
normalmente é possível construir um diagrama de atividades para o processo; portanto, como um método empírico,
temos três níveis de decomposição -- processo de nível 1, processo de nível 2 e atividade (composto de nós de
atividade). Há várias formas de ilustrar uma realização de caso de uso de negócios -- nós focamos em diagramas de
atividades (consulte Orientação: Diagramas no Modelo de Análise de Negócio) aqui, porque eles têm um
formato e semântica que serão familiares à maioria dos analistas de negócios interessados na modelagem de processo de
negócios. Tais modelos são especialmente úteis na identificação de ineficiências em processos atuais, levando à
identificação de oportunidades para a automação e a transformação de negócios.
Decomposição de Processo de Negócios em SOMA Mapeada para o Refinamento de Caso de Uso.
O IBM GBS (Global Business Services) Service-Oriented
Modeling and Architecture (SOMA) é uma abordagem e um conjunto de técnicas para SOA que une o intervalo entre o
negócio e TI.
Nas figuras a seguir, mapeamos os resultados da decomposição do processo como a SOMA mostraria, aos resultados
equivalentes na modelagem de negócios utilizando o refinamento de caso de uso de negócios. Incluímos isso para mostrar
que as duas abordagens estão realmente utilizando apenas terminologia e representações diferentes para os mesmos
conceitos e geram o mesmo resultado no final -- um conjunto de descrições de processo de negócios que podem ser
utilizados para ligar o intervalo para a automação, por exemplo, utilizando sistemas de TI ou serviços em uma
iniciativa de Service-Oriented Architecture (SOA).
A figura acima mostra a decomposição do processo em subprocessos e casos de uso em um formato notacional utilizado na
SOMA. A noção de um subprocesso é uma construção conveniente utilizada para denotar níveis adicionais de refinamento de
um processo, em suas partes constituintes (subprocessos), recursivamente.
Ao chegarmos ao ponto em que começamos a olhar para interações usuário-sistema, paramos e rotulamos o subprocesso como
um subprocesso do nível da folha. Um subprocesso do nível da folha é potencialmente um composto de
casos de uso do sistema, por exemplo, um subprocesso do nível da folha de Pedido do Processo pode ter casos de uso
Obter Nome do Cliente, Obter Endereço do Cliente e Obter Itens do Pedido.
A figura a seguir mostra a estrutura equivalente expressa utilizando a notação de modelagem de negócios do RUP.
Essa estrutura mostra os mesmos três níveis, com os subprocessos do nível da folha representados por nós de ação no
diagrama de atividades.
Note que o que a SOMA mostra como casos de uso no nível mais baixo, não são Casos de Uso de Negócios como
definimos aqui: eles são -- como são os nós de atividade correspondentes (nós de ação) nas Realizações de Caso de Uso
de Negócios -- os locais para interação(ões) possível(is) com sistemas de TI. Portanto, os casos de uso da SOMA são
mais próximos aos casos de uso que surgem no desenvolvimento de aplicativos, como está descrito no RUP (consulte Orientação: Indo de Modelos de Negócios para Sistemas).
Usando diagramas de atividades UML para modelar processos de negócios é possível identificar trabalhadores de negócios chave, eventos e marcos significativos de negócios, seqüências de tarefas e
dependências, entidades de negócios modificadas e trocadas, além de interações
dentro e entre organizações. Um modelo de processo deve identificar
concretamente "o que" precisa ocorrer, não "como" as tarefas são executadas, pois esse é um aspecto do processo de
negócios que pode ser alterado com o decorrer do tempo, especialmente em resposta a alterações na tecnologia ou no
ambiente de negócios.
|