5.1 Iniciação  5.2 Planejamento  do Escopo  5.3 Detalhamento do  Escopo  5.4 Verificação do Escopo  5.5 Controle de Mudanças de  Escopo
 Integração  Escopo  Tempo  Custo  Qualidade  Recursos  Comunicações  Risco  Aquisições

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5.3 Detalhamento do Escopo

O detalhamento do escopo envolve a subdivisão dos principais subprodutos do projeto (conforme identificados na declaração do escopo na Seção 5.2.3.1 ) em componentes menores e mais manejáveis para se ter condição de:

   Melhorar a precisão das estimativas de custo, tempo e recurso.

   Definir um baseline para medir e controlar o desempenho (desempenho).

   Facilitar uma atribuição clara de responsabilidades.

   A definição apropriada do escopo é um ponto crítico para sucesso do projeto. ”Quando existe uma definição pobre do escopo, pode ser esperado um custo final do projeto mais alto por causa de inevitáveis mudanças que rompem com o ritmo do projeto, causam retrabalho, aumentam o tempo do projeto e diminuem a produtividade e o moral da força de trabalho”[3].

Entradas
   .1 Declaração do escopo
   .2 Restições
   .3 Premissas
   .4 Saídas de outro
       planejamento
   .5 Informações históricas
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Técnicas e Ferramentas
   .1 Modelos de estrutura
       analítica do projeto
   .2 Decomposição
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Outputs
   .1 Estrutura analítica do
       projeto (wbs)
   .2 Atualizações na declaração
       do escopo
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5.3.1 Entradas para o Detalhamento do Escopo

.1 Declaração do escopo. A declaração do escopo está descrita na Seção 5.2.3.1.

.2 Restições. As restrições estão descritas na Seção 5.1.3.3. Quando um projeto é executado sob um contrato, as restrições definidas pelas cláusulas contratuais são freqüentemente considerações importantes durante o detalhamento do escopo.

.3 Premissas. As premissas estão descritas na Seção 4.1.1.5.

.4 Saídas de outro planejamento. As saídas dos processos de outras áreas de conhecimento devem ser revisadas para previsão de possíveis impactos no detalhamento do escopo do projeto.

.5 Informações históricas. As informações históricas sobre projetos anteriores devem ser consideradas durante o detalhamento do escopo.

5.3.2 Técnicas e Ferramentas para o Detalhamento do Escopo

.1 Modelos de estrutura analítica do projeto (work breakdown structure templates). Uma estrutura analítica do projeto - EAP, descrita na Seção 5.3.3.1) de um projeto anterior pode ser usada como modelo em um novo projeto. Embora cada projeto seja único, EAP’s podem, freqüentemente, ser “reusadas” uma vez que a maioria dos projetos se assemelha a um outro em alguma extensão. Por exemplo, a maioria dos projetos de uma determinada organização terá ciclos de vida de projeto iguais ou similares e, consequentemente, terá os subprodutos requeridos iguais , ou similares, para cada fase.
  Muitas áreas de aplicação têm EAP’s padrão ou semi-padrão que podem ser usadas como modelo. Por exemplo, o Departamento de Defesa dos Estado Unidos definiu EAP’s padrões para Itens de Materiais de Defesa. Uma parte destes modelos é mostrada na Figura 5–2.

.2 Decomposição. A decomposição envolve subdividir os principais subprodutos do projeto em componentes menores, mais manejáveis, até que os subprodutos estejam definidos em detalhe suficiente para suportar o desenvolvimento das atividades do projeto (planejar, executar, controlar e fechar). A decomposição envolve os seguintes principais passos:

(1) Identificar os principais subprodutos do projeto, incluindo o próprio gerenciamento do projeto. Os principais componentes devem, sempre, ser definidos levando em conta como o projeto será efetivamente gerenciado. Por exemplo:

   As fases do ciclo de vida do projeto devem ser usadas como primeiro nível de decomposição com os subprodutos do projeto repetidos no segundo nível, conforme ilustrado na Figura 5–3.

   O princípio de organização dentro de cada ramo da EAP pode variar, conforme ilustrado na Figura 5–4.

(2) Decidir se o custo adequado e as estimativas de duração podem ser desenvolvidos nesse nível de detalhe para cada subproduto. O significado de adequado pode mudar ao longo do curso do projeto – decomposição de um subproduto que será produzido num futuro mais longe pode não ser possível. Para cada subproduto, prossiga para o Passo 4 se houver detalhe suficiente e para o Passo 3 se não houver – Isto significa que subprodutos diferentes podem ter níveis diferentes de decomposição.

(3) Identificar os elementos constituintes do subproduto Os elementos constituintes devem ser descritos em termos de resultados tangíveis e verificáveis para facilitar a medida do desempenho. Assim como os componentes principais, os elementos constituintes devem ser definidos em termos de como o trabalho do projeto será efetivamente organizado e realizado. Resultados tangíveis e verificáveis podem incluir tanto serviços quanto produtos (por exemplo, relatório da situação poderia ser descrito como relatório semanal da situação, para um item industrializado, elementos constituintes devem incluir vários componentes individuais e, ainda, a montagem final). Repita o Passo 2 para cada elemento constituinte.

(4) Verificar a exatidão da decomposição:

   Os itens de níveis mais baixos são necessários e suficientes para a conclusão do item decomposto? Se não, os elementos constituintes devem ser modificados (adicionados, apagados, excluídos ou redefinidos).

   Cada item está clara e completamente definido? Se não, as descrições deverão ser revisadas ou expandidas.

   Cada item pode ser adequadamente cronogramado? Orçado? Designado para uma unidade organizacional específica (por exemplo, departamento, equipe ou pessoa) que aceitará a responsabilidade pela conclusão satisfatória do item? Se não, serão necessárias revisões para possibilitar uma gerência de controle adequada.

5.3.3 Saídas to Detalhamento do Escopo

.1 Estrutura analítica do projeto - EAP. Uma estrutura analítica do projeto (EAP) é um agrupamento orientado ao subproduto (deliverable-oriented) dos elementos do projeto que organiza e define o escopo total do projeto: o trabalho que não está na EAP está fora do escopo do projeto. Com relação à declaração do escopo, a EAP é freqüentemente usada para elaborar ou confirmar um entendimento comum do escopo do projeto. Cada nível descendente representa um incremento no detalhamento da descrição dos elementos do projeto. A Seção 5.3.2.2 descreve as abordagens mais comuns para elaboração de uma EAP. Uma EAP é, normalmente, apresentada em um formato conforme ilustrado nas Figura 5–2, 5–3, e 5–4; entretanto a EAP não pode ser confundida com o método de apresentação – o desenho de uma lista não estruturada de atividades em um formato de diagrama não faz disto uma EAP.
  A cada item na EAP é, geralmente, designado um identificador único; estes identificadores podem fornecer uma estrutura para a totalização hierárquica de custos e recursos. Os itens nos níveis mais baixos da EAP são, freqüentemente, referenciados como pacotes de trabalho (work packages) especialmente nas organizações que seguem as práticas de gerenciamento pelo “earned value”. Estes pacotes de trabalho podem ainda ser decompostos em uma EAP de subprojeto. Geralmente, este tipo de abordagem é usado quando o gerente do projeto está atribuindo uma parte do trabalho para outra organização, e esta outra organização deve planejar e gerenciar o escopo num nível mais detalhado do que necessita o gerente do projeto na estrutura principal. Estes pacotes de trabalho podem ser mais tarde desdobrados no plano do projeto e cronograma, como descrito nas Seções 5.3.2.2 e 6.1.2.1.
  As descrições dos componentes de trabalho são, freqüentemente, armazenadas em um dicionário EAP. Um dicionário EAP inclui, tipicamente, descrições de pacotes de trabalho, assim como outras informações de planejamento, tais como prazos, orçamentos e pessoal designado.
  A EAP não pode ser confundida com outras categorias de estruturas de decomposição usadas para apresentar informações do projeto. Outras estruturas comumente usadas em algumas áreas de aplicação são:

   Estrutura analítica do projeto contratual (Contractual EAP - CEAP), que é usada para definir o nível de informação que o vendedor passará para o comprador. A CEAP geralmente possui menos detalhes que a EAP usada pelo vendedor para gerenciar o seu trabalho.

   Estrutura de decomposição organizacional (Organizational Breakdown Structure - OBS), que é usada para mostrar que elementos de trabalho foram designados para quais unidades da organização.

   Estrutura de decomposição de recurso (Resource Breakdown Structure – RBS), que é uma variação da OBS, e é usada, tipicamente, quando os elementos de trabalho são designados para indivíduos.

   Lista de Materiais (Bill of Materials – BOM), que apresenta uma visão hierárquica de montagens físicas, submontagens e componentes necessários para fabricar um produto industrializado.

   Estrutura de decomposição do projeto (Project Breakdown Structure – PBS), que é, fundamentalmente, o mesmo que a própria EAP já apresentada. O termo PBS é mais amplamente usado nas áreas de aplicação onde o termo EAP é usado incorretamente para referir-se a uma BOM.

.2 Alterações na Declaração do Escopo. Inclui qualquer modificação de conteúdo do da declaração do escopo (descrita na Seção Seção 5.2.3.1). A notificação dessas necessidades às partes envolvidas é conviniente.

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