6.1 Definição das Atividades | 6.2 Seqüenciamento das Atividades | 6.3 Estimativa da Duração das Atividades | 6.4 Desenvolvimento do Cronograma | 6.5 Controle do Cronograma |
Integração | Escopo | Tempo | Custo | Qualidade | Recursos | Comunicações | Risco | Aquisições |
O seqüenciamento da atividade envolve identificar e documentar os relacionamentos lógicos
entre as atividades. As atividades devem ser seqüenciadas corretamente para suportar o
desenvolvimento de um cronograma realístico e alcançável. O
seqüenciamento pode ser feito com o auxílio de um computador (por exemplo, utilizando
softwares de gerência de projeto) ou com técnicas manuais. As técnicas manuais são,
geralmente, mais efetivas em projetos menores e em fases iniciais de projetos maiores
quando poucos detalhes estão disponíveis. As técnicas manuais e automatizadas podem,
também, ser utilizadas em conjunto.
6.2.1 Entradas para o Seqüenciamento de Atividades .1 Lista das atividades. A lista de atividades está descrita na Seção 6.1.3.1. .2 Descrição do produto. A descrição do produto está discutida na Seção 5.1.1.1. Ascaracterísticas do produto freqüentemente afetam o seqüenciamento das atividades (por exemplo, o layout físico de uma planta a ser construída, as interfaces de subsistemas de um projeto de software). Embora esses efeitos são freqüentemente visíveis na lista de atividades, a descrição do produto deve ser geralmente revisada para assegurar a precisão. .3 Dependências mandatórias (Mandatory dependences). As dependências mandatórias são aquelas inerentes à natureza do trabalho que está sendo feito. Freqüentemente, envolvem limitações físicas. (Em uma construção é impossível erguer a estrutura antes que a fundação tenha sido feita; num projeto eletrônico, o protótipo deve ser construído antes de ser testado). As dependências mandatórias são também chamadas de lógica rígida (hard logic). .4 Dependências arbitradas (Discretionary dependences). As dependências arbitradas são aquelas definidas pela equipe de gerência do projeto. Devem ser usadas com cuidado (e completamente documentadas) já que podem limitar, posteriormente, as opções do cronograma. As dependências arbitradas são usualmente definidas com base no conhecimento de: “Melhores Práticas” dentro de uma área de aplicação particular. Algum aspecto particular do projeto onde uma seqüência específica é desejada embora existam outras seqüências aceitáveis. As dependências arbitradas podem, também, ser chamadas de lógica preferida (prefered logic), lógica preferencial (preferential logic) ou lógica fina (soft logic). .5 Dependências externas (External dependences). As dependências externas são aquelas que envolvem relacionamento entre atividades do projeto e atividades que não são do projeto. Por exemplo, a atividade de teste em um projeto de software pode ser dependente da entrega de um hardware de fornecedor externo. Também, devem ser obtidos relatórios de impacto ambiental antes que a preparação do local possa se iniciar, em um projeto de construção. .6 Marcos (Milestones). Eventos marco necessitam ser parte do sequenciamento de atividades para garantir que os requerimentos que caracterizam um marco (milestone) seja encontrados. 6.2.2 Técnicas e Ferramentas para o Seqüenciamento das Atividades
.1 Método do diagrama de precedência (PDM - Precedence Diagramming Method).
Este é um método de construção de diagrama de rede que utiliza quadrados ou retângulos (nós) para
representar as
atividades e as conecta por setas que representam as dependências (ver também
Seção 6.2.3.1). A
Figura 6–2
apresenta um diagrama simples de rede lógica desenhado utilizando o
PDM. Esta técnica também é chamada de atividade em nó (AON - Activity-on-node) e
é o método utilizado pela maioria dos pacotes de programas para gerência de projeto. O
PDM pode ser feito manualmente ou no computador. Término-para-Início (finish-to-start) - o início de um trabalho de uma atividade sucessora depende do término da atividade predecessora. Término-para-Término (finish-to-finish) - o término dos trabalhos de uma atividade sucessora depende do término dos trabalhos da atividade predecessora. Início-para-Início (start-to-start) - o início dos trabalhos de uma atividade sucessora depende do início dos trabalhos da atividade predecessora. Início-para-Término (start-to-finish) - o término de uma atividade sucessora é dependente do início da atividade predecessora. O PDM término/início (finish-to-start) é o tipo de relacionamento lógico mais comumente usado. Os relacionamentos início/término (start-to-finish) são raramente usados e assim mesmo apenas por engenheiros profissionais de programação. Usar início/início (start-to-start), término/término (finish-to-finish) ou início/término (start-to-finish) em softwares de gerência de projetos pode produzir resultados inesperados, caso os tipos de relacionamento não tenham sido implementados consistentemente. .2 Método do diagrama de flecha (ADM - Arow Diagramming Method). Este é um método de construção de diagrama de rede que utiliza setas para representar as atividades e as conecta por meio de nós que representam as dependências (ver também Seção 6.2.3.1). A Figura 6–3 apresenta um diagrama simples de rede lógica utilizando o ADM. Esta técnica é também chama de atividade na flecha (AOA - Activity-on-arrow) e, embora menos predominante que o PDM, é ainda a técnica escolhida em algumas áreas de aplicação. O ADM utiliza apenas relações de dependência do tipo fim/início e pode requerer o uso de atividades fantasmas (dummy) para definir corretamente o relacionamento lógico. O ADM pode ser feito manualmente ou no computador. .3 Método do diagrama condicional (CDM - Conditional diagramming method). As técnicas de diagramação tais como GERT (Graphical Evaluation and Review Technique - Avaliação Gráfica e Técnicas de Revisão) e modelos de Sistemas Dinâmicos (System Dynamics) permitem atividades não seqüenciais como “lops” (por exemplo, um teste deve ser repetido mais de uma vez) ou desvios condicionados (por exemplo, a atualização de desenho que é necessária apenas se a inspeção detectar erros). Nem o PDM nem o ADM permitem “loops” ou desvios condicionados. .4 Modelos de rede. Redes padronizadas podem ser utilizadas para subsidiar a preparação do diagrama de rede do projeto. Podem incluir todo o projeto ou apenas uma parte. Partes da rede são, freqüentemente, referenciadas como subnets ou fragnets. Subnets são especialmente úteis quando o projeto inclui várias características idênticas ou bastante similares tais como pisos na construção de prédios comerciais, pesquisas clínicas em projetos de pesquisas farmacêuticas, módulos de programas em projetos de softwares ou o início da fase de um projeto de desenvolvimento . 6.2.3 Saídas do Seqüenciamento das Atividades
.1 Diagrama de rede do projeto. Um diagrama de rede de projeto é um esquema de
apresentação das atividades do projeto e dos relacionamentos lógicos (dependências)
entre elas. As
Figura 6–2 e
6–3
ilustram duas diferentes abordagens utilizadas para desenhar um diagrama de rede do projeto.
O diagrama de rede de um projeto pode ser elaborado manualmente ou no computador. Pode incluir
detalhes completos do projeto ou ter uma ou mais atividades sumarizadas (hammocks). O diagrama
deve ser acompanhado por uma descrição sumária que descreva a abordagem básica do seqüenciamento.
Qualquer seqüência não usual deve ser completamente descrita. .2 Atualizações da lista de atividades. Da mesma maneira que o processo de definição das atividades pode gerar atualizações na EAP, a preparação do diagrama de rede do projeto pode revelar situações em que uma atividade deve ser dividida ou mesmo redefinida com a finalidade de diagramar corretamente o relacionamento lógico.
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